Após quatro anos sem reajuste e depois de amplo debate junto aos representantes dos servidores estaduais, o Conselho Deliberativo do Iaspi aprovou nesta segunda-feira (03) um reajuste de 15,5% para o Plamta e o Iaspi Saúde Suplementar. O reajuste deve ser homologado pelo Governador do Estado, Rafael Fonteles.
As discussões tiveram início no começo de março, com uma proposta de 30. A presidente do Iaspi, Daniele Aita, explicou a necessidade do reajuste para a manutenção do sistema, ao lembrar que há quatro anos o Plamta não tem aumento e o Iaspi Saúde Suplementar está sem reajuste desde 2007.
“Estamos colocando aqui para discussão o reajuste proposta pela ANS- Agência Nacional de Saúde-, que é o órgão que regula a saúde no país. Essa é uma proposta legal e justa e que nos garante o mínimo para manter o sistema funcionando”, afirmou a diretora geral do Iaspi, destacando que a missão dessa gestão é garantir ao mesmo tempo o atendimento de qualidade e a saúde financeira do plano.
DIÁLOGO- A presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinte), Geane Almeida, conselheira do Iaspi, disse reconhecer a qualidade do plano e também a necessidade do reajuste, defendendo a proposta de um reajuste de 6% agora e a volta a do debate sobre o tema após um aumento do salário do servidor.
A conselheira Adriana Lopes defendeu o reajuste de 15,5% enfatizando que votava “pela sustentabilidade do plano, pelo equilíbrio do Plamta”, reconhecendo que sem o aumento há risco de o sistema parar, uma vez que os custos da saúde são crescentes.
Daniel Magalhães Chaves também reconheceu a necessidade do reajuste, mas defendeu que esse aumento fosse menor agora e que somente após um reajuste a ser dado aos servidores se voltasse a debater a questão.
A conselheira Jaciara Probo, ao justificar seu voto, lembrou que “temos que pensar nas duas partes, e ressaltou a importância da manutenção do plano, que é um patrimônio desse servidor e necessita ser mantido com qualidade e saúde financeira”.
Ao final da votação, com cinco votos a favor pelos 15,5%, três votos a favor de um reajuste de 7,5%, uma abstenção e um voto contra qualquer reajuste, a diretora-geral agradeceu a participação dos conselheiros, elogiou a disponibilidade de todos para as negociações francas e abertas e a importância do Conselho, instrumento heterogêneo, legal e paritário. “É dialogando que se cresce e se constrói soluções. Esse tema do reajuste é sério, árido, cuidamos da vida e da saúde de milhares de pessoas, por isso foi sempre tratado com muita responsabilidade e sempre buscando soluções que atendem as necessidades tanto do servidor, que não pode prescindir desse plano, mas sem poder descuidar da manutenção do sistema”, finalizou.
O Conselho é formado por cinco membros titulares representantes do Governo do Estado e cinco membros titulares representantes dos servidores públicos e militares, ativos, inativos, pensionistas e segurados do Iaspi-Saúde/Plamta.
SINTE-PI reage ao reajuste do PLAMTA
Na manhã desta segunda-feira (3), em reunião do Conselho Deliberativo do Iaspi, pautada na proposta do governo Rafael Fonteles de reajustar o valor das contribuições do PLAMTA, a Conselheira do SINTE-PI, Filomena Cristina, se absteve de votar assinalando a posição definida pelo Conselho Geral do SINTE-PI de rejeitar qualquer aumento.
No curso da reunião, Filomena Cristina leu um documento (veja aqui) registrando que o SINTE PIAUÍ se opõe a toda e qualquer perspectiva de aumento das contribuições do PLAMTA, enquanto não forem disponibilizados os dados que justifiquem alguma possibilidade de aumento.
Ao final da votação entre os dez membros, saiu vencedora a proposta de um aumento de 15,5% com cinco votos, contra três votos para a proposta de 7,5%, uma abstenção e um voto contra qualquer tipo de aumento
O posicionamento do sindicato é fundamentado no fato dos membros do Conselho do Iaspi não terem acesso aos dados, como balancete contábil e cálculo atuarial, que justifiquem a alegação da diretora geral do Iaspi, Daniele Aita, da “necessidade de reajuste para manter o sistema de saúde”. Além disto, cumpre lembrar o arrocho salarial imposto há anos aos trabalhadores em educação da rede estadual, o que deveria, por sensibilidade política e respeito, inviabilizar a perspectiva de reajuste do plano de saúde dos servidores.
Fontes: CCom e Sinte-PI
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