A 26ª edição da Semana da Justiça pela Paz em Casa, que agiliza o julgamento de processos de violência doméstica e familiar no Piauí, começou nesta segunda-feira (4) e vai até sexta (8), no Piauí. De acordo com o Tribunal de Justiça do Piauí, haverá audiências em 26 comarcas piauienses, com maior concentração em Parnaíba (240), Teresina (133) e Manoel Emídio (35). Ao todo, são estimadas cerca de 564 audiências.
A ação realizada pela Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (CEVID) do Poder Judiciário do Piauí tem por objetivo, ampliar a efetividade da Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06) e agilizar os julgamentos de processos voltados à violência de gênero, a iniciativa foi idealizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e conta com parcerias diversas.
Esta edição, a primeira realizada em 2024, é promovida no mês de março em alusão ao Dia Internacional da Mulher (08), data oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU) na década de 1970 e que simboliza a luta histórica das mulheres contra a desigualdade salarial, o machismo e a violência.
A juíza Keylla Ranyere, coordenadora da CEVID, ressalta que a 26ª Semana da Justiça pela Paz em Casa inclui, além de ações jurisdicionais, outros eventos. “Esta semana tem como objetivo não somente intensificar o julgamento de demandas relacionadas à violência contra a mulher, como também dar visibilidade social para o tema, para que se possa tratar e discutir com a sociedade essa questão tão sensível. Além das ações jurisdicionais, a Semana conta com o Bazar da Mulher, realizado no Fórum; rodas de conversa, e a inauguração da Casa da Mulher Brasileira, no dia 8”, pontua.
O que diz a Lei
De acordo com a Lei Maria da Penha, artigo 5º, violência doméstica é “qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial”.
A expressão máxima da violência contra a mulher é o óbito. As mortes de mulheres ocasionadas por conflitos de gênero, ou seja, pelo fato de serem mulheres, são denominadas “feminicídios”. Estes crimes são geralmente perpetrados por homens, principalmente parceiros ou ex-parceiros, e decorrem de situações de abusos no domicílio, ameaças ou intimidação, violência sexual, ou situações nas quais a mulher tem menos poder, ou menos recursos do que o homem.
Fonte: Clube News
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