72 cidades piauienses receberão pesquisa do IBGE sobre orçamentos familiares

A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2024/2025 do IBGE, que começou na segunda-feira (18) no Piauí, irá percorrer mais de 100 mil domicílios em 72 municípios do estado. A pesquisa, que durará 12 meses e será divulgada em novembro de 2025, visa entender os padrões de consumo e as condições socioeconômicas das famílias brasileiras. A partir dela, serão fornecidos dados importantes para a formulação de políticas públicas e o ajuste de índices de inflação.

De acordo com o Superintendente do IBGE no Piauí, Leonardo Passos, a POF é essencial para compreender como as famílias brasileiras estão gastando seu orçamento. “É uma pesquisa domiciliar importante porque revela o padrão de consumo do brasileiro. Como o brasileiro gasta o orçamento, com o que ele vem consumindo”, explicou Passos. Ele ressaltou que, ao longo das décadas, os hábitos de consumo das famílias mudam, e a pesquisa é uma maneira de entender essas mudanças. 

Passos também destacou que a pesquisa vai traçar um panorama detalhado sobre os hábitos alimentares, gastos com vestuário, habitação, e outras despesas cotidianas. “Por exemplo, saber se o brasileiro continua consumindo mais arroz e feijão ou se há uma mudança nesse padrão. E o orçamento destinado para áreas como vestuário e despesas fora de casa também será analisado”, afirmou. Além disso, a pesquisa irá ajudar a avaliar a segurança alimentar da população, um tema muito relevante nos dias atuais.

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Superintendente do IBGE no Piauí, Leonardo Passos

Metodologia e novidades da pesquisa

A pesquisa será realizada ao longo de 12 meses, cobrindo diversos períodos de consumo ao longo do ano, como o Natal, o Carnaval e as férias, assim os dados poderão refletir as variações nas despesas das famílias. O coordenador da pesquisa no Piauí, Tiago Viana, explicou que a metodologia é robusta e visa captar o perfil de consumo das famílias ao longo do tempo.

“Vamos traçar o perfil de consumo das famílias, avaliando as despesas durante diferentes períodos do ano. São gastos com alimentação, saúde, educação, vestuário, transporte, entre outros”, disse Viana.

A pesquisa também irá abordar novas formas de consumo que surgiram nos últimos anos, como as apostas online e as compras em lojas virtuais. “Sem dúvida, vamos avaliar essas novas despesas, como as relacionadas a apostas online, que têm impactado o orçamento das famílias, assim como os gastos com serviços de streaming e lojas virtuais”, afirmou Viana. Ele também ressaltou que a pesquisa analisará despesas com transporte, incluindo o uso de aplicativos, e gastos com energia elétrica, água e combustíveis, questões cada vez mais relevantes para as famílias brasileiras.

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Coordenador da pesquisa no Piauí, Tiago Viana

Dados para políticas públicas

Leonardo Passos destacou que os resultados da pesquisa serão importantes para a criação de políticas públicas mais assertivas. “O IBGE coleta esses dados para ajudar a mapear as necessidades da população, especialmente as mais vulneráveis. O Brasil é um país com grandes desigualdades, e precisamos de informações detalhadas para que os recursos públicos sejam alocados onde são mais necessários”, explicou. Ele mencionou que a pesquisa contribuirá para ajustar os índices de inflação, uma vez que entender os hábitos de consumo é essencial para medir com precisão o peso de cada item na cesta básica.

Tiago Viana reforçou ainda a importância da colaboração da população para o sucesso da pesquisa, destacando que serão aplicados questionários sobre despesas individuais e coletivas, além de dados sobre a receita das famílias. “A participação da população é essencial. Vamos percorrer mais de 2.600 domicílios no Piauí, e a colaboração das famílias é fundamental para que possamos coletar informações precisas”, disse Viana.

Divulgação/IBGE

Dados serão importantes para criação de políticas públicas mais assertiva

Saiba como vai funcionar a coleta de dados do IBGE:

Visitas domiciliares: Os recenseadores irão visitar as casas e aplicar questionários, que contêm perguntas sobre o orçamento familiar, incluindo gastos com alimentação, transporte, saúde, educação, habitação e outras despesas cotidianas. Em cada domicílio, o recenseador realizará a coleta de informações por meio de entrevistas.

Entrevista com os moradores: As entrevistas serão feitas com um responsável pela família ou, quando necessário, com um dos adultos que reside na casa. O objetivo é levantar informações detalhadas sobre as despesas mensais e anuais de cada família, assim como seu perfil de consumo.

Diversidade de informações: A coleta abordará aspectos como os gastos com alimentação (inclusive fora de casa), vestuário, transporte, saúde, educação, energia elétrica, água, combustíveis, e até gastos com novos hábitos de consumo, como streaming e compras online. Também serão coletados dados sobre a segurança alimentar e o uso de serviços públicos, como saúde e transporte.

Tecnologia na coleta: A coleta será feita principalmente com o uso de dispositivos móveis, o que permitirá que os dados sejam enviados em tempo real para os servidores do IBGE. Isso otimiza o processo e reduz o tempo de espera para a compilação das informações.

Fonte: O Dia