O quadro Saúde e Bem Estar, apresentado pela jornalista Christiane Albuquerque, recebeu, nessa quarta-feira, a médica geriatra Giovanna Paz. A doutora esclareceu dúvidas sobre o Alzheimer, doença que acomete cerca de 30% dos idosos com mais de 85 anos.
A doutora começou citando a importância de falar sobre o tema, segundo ela, nossos idosos estão vivendo cada vez mais, e como o Alzheimer predomina entre os idosos, a doença está cada vez mais frequente. Por isso ela precisa ser discutida cada vez mais.
“O Alzheimer tem como principal e mais comum sintoma a alteração de memória. Os sintomas seguintes podem ser a alteração de linguagem, como esquecer nome de objetos, trocar nome de pessoas.”
Ao ser questionada sobre que fatores contribuem para o surgimento da doença, a geriatra respondeu: “No Alzheimer existem os fatores de risco modificáveis e os não-modificáveis. Os modificáveis, infelizmente, não há muito o que fazer. Um deles é a idade, quanto mais idoso, maior a chance de ter a doença. Outro é o fator genético, pois não há como fazer alterações genéticas. Os fatores não-modificáveis, que a gente pode atuar sobre, são por exemplo o sedentarismo, pessoas que não fazem atividade física têm o risco maior de ter Alzheimer. Assim como pessoas que tem problemas cardiovasculares, como diabetes e pressão alta.”
Giovanna ainda esclareceu que existem dois tipos de Alzheimer: o precoce e o não precoce. No primeiro caso, a doença acomete pessoas com menos de 65 anos, e pode ser hereditário. Enquanto o não precoce costuma aparecer com o aumento da idade, e cada individuo tem seu risco em específico.
Outro ponto esclarecido pela doutora foi que o Alzheimer não tem cura, mas que existem mecanismos que ajudam a frear o avanço da doença. O primeiro ponto é procurar um geriatra ou um neurologista para acompanhar o caso do paciente e iniciar o tratamento medicamentoso. Além disso, a atividade física ajuda muito, mas sempre considerando que cada idoso pode ter suas limitações e que elas precisam ser respeitadas. Outra forma de frear o avanço da doença é realizar atividades que estimulem o cérebro, como a leitura, e para aqueles que não sabem ler. Estes são alguns cuidados que são importantes no tratamento da doença.
A doutora Giovanna Paz é formada em medicina pelo Centro Universitário UNINOVAFAPI e tem Residência Médica em Geriatria pelo Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo – HSPE/IAMSPE.
Em Parnaíba, a doutora atende nas clínicas Medical Centro-Clínico, Diagnóstico e Clínica João Silva Filho.
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