Um piauiense que presenciou uma situação de violência doméstica na família desenvolveu um aplicativo que vai agilizar o pedido de socorro a essas mulheres. O aplicativo GUARDIÃS foi criado pelo mestre e doutorando em Sistemas de Informação, Kayo Souza, e conta com recursos discretos que garantem às usuárias acessar ajuda de maneira rápida e eficaz.
” O Guardiãs nasceu a partir de uma situação que eu presenciei na minha família. Uma situação de violência doméstica, na qual a vítima morava em zona rural e não tinha cobertura de internet, banda larga e nem de sinal de celular. E só descobrimos porque um vizinho que morava nas proximidades nos comunicou. Eu estava recém formado e então comecei a desenvolver o projeto a partir disso”, explica Kayo Souza.
Em seguida, Kayo Souza começou estudar sobre o processo de construção do aplicativo e iniciou pesquisas sobre mulheres junto com uma psicóloga que o ajudou a desenvolver o aplicativo. Foram cinco anos até o aplicativo ficar pronto e agora a previsão é de que ele seja lançado em janeiro de 2024 e será disponibilizado gratuitamente para os usuários.
“O aplicativo é baseado nas situações que as vítimas presenciou, nas experiências. As funções têm um significado, tipo a função balance foi desenvolvida baseada numa vítima que passou uma situação de violência doméstica na qual ela estava em pânico, nervosa, e não tinha condições de ligar. E ela falando que se tivesse algum aplicativo, alguma coisa, que ela só balançasse, e acionar essa emergência ajudaria muito”, diz Kayo.
RECURSOS
Ele completa dizendo que o nome Guardiãs vem do guardar, gladiar ou proteger. O aplicativo GUARDIÃS é uma ferramenta essencial para promover a segurança e o apoio necessário às vítimas de violência. A ferramenta possui recursos como alertas de emergência, localização em tempo real, e conexão direta com serviços de ajuda e ainda oferece uma rede de suporte confiável.
Além da função Balance para situação de emergência, o aplicativo possui a função de reconhecimento facial que scaneia o rosto da vítima e identifica expressões de pânico, medo, choro e até mesmo agressões. O aplicativo ainda computa a localização da vítima, foto, vídeo, áudio e conta ainda com botão de pânico e chat de apoio.
Kayo Souza é de Teresina e CEO da Sysmais Tecnologia, que tem mais de 10 anos no mercado. Ele também atua como palestrante, Especialista em Banco de Dados e Desenvolvimento de Tecnologia Mobile e Desktop.
Fonte: Piauí Hoje
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