Foram apresentados à Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan) e à Companhia Ferroviária e de Logística do Piauí, na última quarta-feira (02), em exposição realizada na Seplan, os Estudos de Viabilidade Técnica, Econômico-Financeira e Ambiental (EVTEA) do Sistema Intermodal do Piauí. O projeto prevê a interligação de ferrovia, hidrovia e porto marítimo para o escoamento da produção agrícola do estado.
O Intermodal do Vale do Parnaíba, como tem sido chamado, envolve trecho de hidrovia entre o Rio Parnaíba e o Rio das Balsas, um intervalo de malha ferroviária, o Porto Marítimo de Luís Correia e os terminais fluviais ao longo dos dois rios. Com a implantação, o sistema deve possibilitar o escoamento de commodities e produtos industrializados para outras regiões do país, colocando também o Piauí na rota do comércio internacional. Parte do que é produzido hoje em Uruçuí, por exemplo, por uma das empresas líderes do setor, é exportado para a Europa pelo Porto de Sergipe.
Na avaliação de cenários de investimentos, o estudo mostrou que o Porto de Luís Correia apresenta vocação para a exportação de grãos e minérios, além de importação de líquidos e fertilizantes.
Um sistema intermodal é chave para o desenvolvimento industrial, tecnológico e econômico, segundo o secretário de Planejamento, Washington Bonfim. “Do Sul ao Norte do estado, ele une a produção da soja, dos grãos, por esses modais de transporte – as partes rodoviária, e hidroviária e ferroviária, saindo de Teresina e até Luís Correia, para fazer a conexão com o Porto”, acrescentou Bonfim.
O Piauí é hoje o 3º maior produtor e exportador de grãos como soja e milho da região Nordeste. Para se ter uma ideia, o volume, em 2022, de exportação de cereais no Matopiba – região que integra os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – foi de cerca de 20 milhões de toneladas, com crescimento de 30% ao ano nos últimos cinco anos. A implantação do sistema, além de beneficiar a produção e instalação de outras indústrias, vai reduzir o descompasso entre oferta e demanda, aumentando assim a competitividade do setor agrícola da região.
Fonte: CCom PI
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